Pelo menos 36 por cento dos consumidores usaram o nome de terceiros para fazer compras, no último ano.
Entre os motivos apontados estão os imprevistos financeiros e as dificuldades de acesso ao crédito.
Do total de consumidores que utilizaram a prática, 30 por cento estavam com o limite estourado no cheque especial ou no cartão de crédito.
Outros 22 por cento não tinham a quantia disponível e 18 por cento estavam com o nome sujo.
Os números são de pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil.
A pesquisa mostra que os mais procurados na hora do aperto financeiro são os pais e os cônjuges, seguidos dos amigos e irmãos.
Além disso, os jovens e os consumidores de baixa renda são os que mais têm o hábito de pedir o nome emprestado.
Um dado que chamou a atenção é que quase a metade das pessoas que utilizaram a prática afirmou que não emprestaria o próprio nome a terceiros.
A pesquisa ainda revela que a amizade ficou abalada em 51 por cento dos casos em que houve falta de pagamento.
O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, diz que muitas vezes quem empresta o nome a terceiros desconhece a finalidade daquele dinheiro.
Segundo ele, é importante verificar se ele será usado em aquisições não tão importantes ou se será realmente destinado a uma emergência.
Outras recomendações do especialista são tentar ajudar a pessoa de outra maneira antes de emprestar o nome, ou dizer que consultará a família primeiro, para não se comprometer de imediato