Comitê de Doutrina insta os médicos a ajudarem os pacientes "de acordo com a ordem da natureza"
Os serviços católicos de saúde não devem realizar intervenções, sejam elas cirúrgicas ou químicas, voltadas a transformar as características sexuais de um corpo humano nas do sexo oposto, nem devem participar do desenvolvimento de tais procedimentos. Esta diretriz foi reforçada por meio de uma “nota doutrinal” divulgada nesta semana pelo Comitê de Doutrina da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.
O comitê exorta os serviços católicos de saúde a “empregarem todos os recursos apropriados para mitigar o sofrimento daqueles que lutam com a incongruência de gênero, mas os meios utilizados devem respeitar a ordem fundamental do corpo humano. É somente com os meios moralmente apropriados que os profissionais de saúde demonstram pleno respeito pela dignidade de cada pessoa humana”, afirma a nota, emitida em 20 de março.
O texto também considera que, mesmo havendo uma expansão das possibilidades tecnológicas, “é imperativo identificar critérios morais para orientar o nosso uso da tecnologia (…) Um critério indispensável para tais determinações é a ordem fundamental do mundo criado. O nosso uso da tecnologia deve respeitar essa ordem.”
O Comitê de Doutrina, presidido por dom Daniel E. Flores, bispo de Brownsville, Texas, afirma que devem ser tomados cuidados especiais para proteger crianças e adolescentes da assim chamada ideologia de gênero, porque eles ainda estão amadurecendo e “não são capazes de fornecer consentimento informado”.
“A busca de soluções para os problemas do sofrimento humano deve continuar, mas direcionada a soluções que realmente promovam o florescimento da pessoa humana em sua integridade corporal”, complementa o Comitê de Doutrina do episcopado norte-americano.