Quando escutamos falar da virada de ano, ansiamos por construir uma nova história, com novos passos, enfim, desejamos construir a novidade. No fundo, este ano novo acende a nossa sede de sermos novos, mesmo que permaneçamos no mesmo lugar, perto das mesmas pessoas. A novidade acontece somente quando colocamos nossos pés no chão e definimos propósitos, aos quais podemos chamar promessas para um ano novo. A maioria de nós tem medo de fazer promessas, pois elas exigem algo definitivo, exigem compromisso, interesse e mais que isso: fidelidade. Temos medo de prometermos algo e não sermos capazes de cumprir, tudo porque o definitivo nos assusta, tira-nos o controle, faz-nos sentir incapazes e nos compromete.
Que nossas promessas sejam como um presépio
Diante da palavra “promessa”, podemos, por exemplo, pensar na grande promessa de Deus: a vinda do Salvador.
Essa promessa se cumpriu, é real e verdadeira. Essa promessa não começou grandiosamente, mas sim num estábulo, numa manjedoura, rodeada de animais, pastores. A promessa mais verdadeira não precisou de grandes palcos ou cenários. A promessa mais real não precisou de nenhum efeito especial, de fogos de artifício, de aplausos ou até mesmo de uma multidão. A promessa real começou num lugar pequeno, mas com o poder de salvação.
Assim devem ser nossas promessas para um ano novo, devem começar na manjedoura, que é nosso coração, iluminadas pela estrela guia, que é o próprio Deus, e rodeadas pelas pessoas que nos aproximam d’Ele. Assim, nossas promessas serão um presépio capaz de gerar vida, gerar salvação, não só para nós, mas para todos aqueles que nos rodeiam.
Faça pequenos propósitos, dê pequenos passos e seja fiel, pois “é melhor não fazer promessas do que fazê-las e não as cumprir” (Eclesiastes 5,5). Nada melhor que começar esse novo ano vivendo na vontade de Deus..