Papa Francisco pediu que a sociedade moderna não tente impor suas regras aos povos indígenas, respeite a cultura e permita que os nativos planejem o próprio futuro.

A afirmação do pontífice foi feita na primeira sessão de trabalhos dos bispos no Sínodo da Amazônia, aberto no último domingo.

Francisco advertiu que as ideologias são armas perigosas e que é preciso controlar os impulsos de domesticar os povos originais.

O papa reforçou a ideia de respeito aos indígenas que querem ser protagonistas de suas próprias histórias e fez um alerta para que a sociedade se aproxime dos nativos da Amazônia “na ponta do pé, com respeito as suas histórias e culturas”.

O papa, que no passado, pediu perdão em nome da Igreja pelos erros dos missionários europeus que acompanharam os colonizadores com posturas depreciativas aos nativos, lembrou que a missão do Sínodo da Amazônia é servir aos povos indígenas.

O encontro reúne 184 bispos entre os 250 participantes, com presença de 35 mulheres. Vai até 25 de outubro no Vaticano, com discussões sobre temas ambientais e sociais nos nove países que abrigam territórios da região amazônica.