A história desta jovem Santa começa muito distante da sua morte. Cerca de 1400 anos após seu martírio, o dinâmico Urbano VIII, todo empenhado na grande contrarreforma católica, na restauração das igrejas, descobriu as relíquias da Santa e propôs à devoção dos romanos. Fixou a festa de Santa Martinha no dia 30 de janeiro. Com hinos, que ele mesmo compôs, incitou os romanos à celebração da vida imaculada, da caridade exemplar, do corajoso testemunho a Cristo dado por Santa Martinha. Quem era essa jovem mártir que aparecia após tantos séculos de esquecimento? Foi considerada uma das principais padroeiras de Roma. Temos poucas notícias históricas.
O Papa Honório, no século IV, dedicou-lhe uma Igreja. Quinhentos anos após, ao fazerem escavações nessa Igreja, que ficava no Foro, encontraram os túmulos de três mártires. No século VIII a festa da Santa já era celebrada. Segundo a lendária Paixão, Martinha era diaconisa, filha de um nobre romano. Por causa de sua aberta profissão de fé foi conduzida ao tribunal do Imperador Alexandre Severo (222-235). Este era muito tolerante. Chegou a incluir Jesus Cristo como um dos deuses do império. Durante seu governo a Igreja teve uma grande expansão missionária. Por isso torna-se confuso o caso de Santa Martinha, como mártir desse período. O autor da Paixão desconhece tudo isso. Ele se estende na enumeração dos atrozes tormentos, elencando as torturas feitas pelo imperador à Santa.
Ela teria sido obrigada a prestar culto à estátua de Apolo. Houve um terremoto que matou até os sacerdotes do Deus. O prodígio se repetiu com estátuas de outros deuses. Os perseguidores ficavam cada vez mais obstinados. Após tentarem matá-la por meio de tantos sofrimentos e não o conseguindo apelaram para a espada. Seu sangue inundou e fertilizou ainda mais o terreno da Igreja romana.
Outros Santos do mesmo dia: Santa Jacinta Mariscotti, Santo Barsimeu, Santa Batilde, Santa Aldegonda, Santo Adelelmo, Beato Sebastião Valf