Se removermos a malícia que habita em nós, teremos cumprido todos os mandamentos necessários que Deus nos deu
Justiça, misericórdia e fidelidade são as três palavras que Jesus destaca no Evangelho de São Mateus para nos mostrar a Carta Magna da moral do verdadeiro fiel:
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar sem, contudo, deixar o restante.”
Mt 23,23
O fato de estarmos em um relacionamento com Deus não deve ser medido pelo quão neuroticamente defendemos as regras e enfatizamos pequenos detalhes. Demonstramos que somos fiéis através da nossa capacidade de respondermos à realidade como ela se apresenta a nós (justiça), através da nossa capacidade de amarmos os outros como eles são, ou seja, em sua natureza decaída (misericórdia), e pela consistência de como fazemos escolhas que não contradizem o que pensamos ser verdadeiro, bom e certo (fidelidade).
Aquele que se esforça para viver essas três palavras é, verdadeiramente, fiel a Deus. Mas se, em vez de sermos justos em nosso julgamento nos tornamos astutos, em vez de sermos misericordiosos nos tornamos rígidos e em vez de sermos fiéis nos tornamos oportunistas, então qual é o sentido de manter tal aparato religioso?
Todo o ensinamento de Jesus tem um ponto de partida: limpeza interior, ou seja, nossa capacidade de saber mudar primeiro por dentro.
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. “
Mt 23,25
Enfim, se removermos a malícia que habita em nós, teremos cumprido todos os mandamentos necessários que Deus nos deu, e também teremos mudado o mundo.